Na tarde desta quarta-feira (13/03), a diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do Residencial Buena Vista, em Goiânia, Keilly Mágila Gonçalves Assis Moura, foi agredida na entrada da instituição.
O suspeito é um homem que estaria a serviço do vereador Paulo Magalhães e tentava colocar uma faixa na frente da instituição em agradecimento ao político.
De acordo com a assessoria do vereador Paulo Magalhães, logo após tomar conhecimento do ocorrido, o político solicitou a exoneração do servidor.
“O vereador lamenta profundamente o ato e deixa claro não compactuar com qualquer ato de violência, sobretudo, contra as mulheres”, diz a nota.
A assessoria do vereador não divulgou o nome do assessor exonerado. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do homem suspeito da agressão.
Segundo a Polícia Militar (PM), uma testemunha relatou à equipe que dois homens estavam colocando uma faixa, quando a diretora tentou impedi-los. Eles teriam informado que estavam no local por determinação do político.
A PM informou ainda que quando a mulher conversava com um dos homens que estava colocando a faixa, o outro que o acompanhava deu “voadora” nas costas dela.
A vítima informou que acabou batendo com o rosto no muro e caiu desacordada. Com o impacto, o óculos dela quebrou.
Um vídeo feito logo após a agressão mostra a mulher ainda caída no chão com um sangramento no rosto e sendo ajudada por outros funcionários da escola.
Nele, aparece o homem apontado como agressor, acompanhado do outro homem que tenta acalmar os ânimos.
O suspeito de ferir à diretora disse que estava “trabalhando”.
A vítima foi socorrida consciente para o Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Bairro Goiá, com uma luxação na clavícula esquerda, edemas nos lábios e face.
Segundo a polícia, ela reclamava também estar sentindo dores na região torácica e nos joelhos.
A diretora foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde por volta das 18h30, agauradava para fazer uma tomografia.
De lá, após a liberação, segundo informou, vai direto para Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) disse que "lamenta o ocorrido e repudia, veementemente, qualquer tipo de agressão, seja física ou psíquica. A SME aponta que o caso deve ser devidamente investigado pelas autoridades policiais e frisa acompanhar a apuração dos fatos".
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)